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Prefeitura de Piraquara orienta sobre cuidados com a raiva

Publicado em 24/06/2013 às 00:00

A raiva é uma doença que não tem cura e a única forma de prevenção é a vacinação. A doença é causada por um vírus que ataca o sistema nervoso em qualquer mamífero, inclusive nos homens. O principal transmissor da raiva para os animais de criação como bovinos, equinos, caprinos e suínos é o morcego hematófago, que se alimenta de sangue. Ao morder estes animais ele transmite a doença. Porém, como os morcegos, independente da espécie, convivem no mesmo ambiente, eles passam a doença entre si, o que torna todos passíveis de transmissão para outros animais. Como o município de Piraquara tem uma grande área rural, inclusive com algumas cavernas, há uma população considerável de morcegos, por isso os cuidados com os animais de criação, além de cães e gatos, devem ser redobrados na região. O Paraná é considerado território com raiva canina controlada, porém cães e gatos também podem contaminar-se com esta raiva proveniente do morcego.

Todos os animais devem ser vacinados com uma dose da antirrábica uma vez ao ano, a partir dos três meses de idade. A responsabilidade de vacinação é dos proprietários e a vacina é facilmente encontrada em agropecuárias, aviários e farmácias veterinárias. O valor é baixo, em média R$ 1,00 a dose. Os principais sinais da doença nos animais são: isolamento do rebanho, mugidos roucos e frequentes, dificuldade para defecar e urinar, engasgo e salivação abundante, andar cambaleante, paralisia e morte. Os primeiros sintomas começam a aparecer em dez dias e a doença pode desenvolver-se até durante um ano antes que o animal faleça.

Para moradores da área rural ou profissionais que trabalham nestas áreas e com animais é aconselhável a vacinação de pré-exposição antirrábica. Para os humanos expostos a estas situações a vacina é feita uma vez e anualmente há reforço dos anticorpos através de sorologia.

Em caso de suspeita, morte de animal por causa desconhecida, ou se for constatado algum dos sinais da doença, o proprietário deve comunicar imediatamente a Secretaria Municipal de Meio Ambiente e Agricultura para que sejam feitos exames e os procedimentos necessários. Se encontrar algum morcego no chão, ou voando durante o dia, não se deve tentar pegá-lo ou tocar nele, pois pode estar infectado. O correto é avisar a Secretaria pelo telefone 3673-8555.

No caso de sofrer mordedura, lambedura ou arranhão de morcegos, cães ou gatos, a orientação é lavar o ferimento com água corrente e sabão ou detergente e procurar rapidamente uma Unidade de Saúde (US). Caso haja contato com animais suspeitos de contaminação também se deve procurar a Unidade mais próxima, pois o humano pode ser infectado em contato com saliva, sangue e mucosas. Todas as USs têm a vacina antirrábica e os profissionais estão aptos a orientar a população sobre a prevenção da doença. Mas a melhor prevenção mesmo é manter a vacinação de cães, gatos e animais de criação em dia.

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