Estação Ferroviária

  • E. F. Paraná (1885-1942)
  • Rede de Viação Paraná-Santa Catarina (1942-1975)
  • RFFSA (1975-1996)
  • Linha Curitiba-Paranaguá - km 87,350 (2000)
  • PR-1650

Inauguração: 05/02/1885 com trilhos

Data de abertura do prédio atual: anos 40
 
Histórico da linha

A linha unindo Curitiba a Paranaguá, a mais antiga do Estado, foi aberta pela E. F. Paraná de Paranaguá a Morretes em 1883, chegando a Curitiba em fevereiro de 1885.
Durante seus 120 anos de existência ela pouco mudou, apenas dentro de Curitiba e na mudança de um ou outro túnel na serra. É considerada um dos marcos da engenharia ferroviária nacional, projetada por André Rebouças e construída por Teixeira Soares, depois de firmas estrangeiras recusarem a obra devido à dificuldade do trecho da serra, entre Morretes e Roça Nova.
É também uma das poucas linhas que continua ter trens de passageiros, embora de forma turística apenas, desde os anos 1990, hoje explorado por uma concessionária privada, a Serra Verde. Em 1942, a E. F. Paraná foi englobada pela R. V. Paraná-Santa Catarina, e esta, em 1975, transformada em uma divisão da RFFSA. Em 1996, o trecho passou a ser operado pela ALL, que obteve a concessão da antiga RVPSC.
 
Histórico da estação

A estação de Piraquara, "buraco ou lagoa do peixe", foi aberta em 1885, com outro prédio de pedras, tijolos e cal.

É um dos locais mais antigos no planalto curitibano, e constituía a chamada Fazenda Piraquara, na freguesia de São José do Pinhais. Nas proximidades, ficava a Fazenda da Borda do Campo, que fora explorada pelos jesuítas e depois confiscada e incorporada à coroa portuguesa, sob Pombal, na segunda metade do século XVIII.

Como reduto pastoril não se desenvolveu. Piraquara praticamente foi criada pela estrada de ferro, levantada a planta da futura cidade pelo engenheiro ferroviário Jorge Benedicto Ottoni e entregue à Câmara Municipal de São José dos Pinhais.

Em torno da estação surgiu o povoado: serrarias e engenhos de mate quebraram o bucólico silêncio, abrindo um período de prosperidade. Os grandes pinheiros eram serrados e carregados para a serraria.

As grandes florestas de araucárias da região seriam o principal produto de transporte da nova estrada de ferro e uma das razões de sua viabilidade econômica. Tinham razão seus construtores. Estabeleceu-se ali uma próspera indústria madeireira, que se estendeu a toda a região, a tal ponto que da pequena estação ferroviária nascia, sob a República, a cidade de Deodoro, por decreto de 17/01/1890.

Retomou depois o nome primitivo de Piraquara.

A estação original foi substituída nos anos 1940 pelo prédio atual, que, depois de anos abandonado, foi restaurado e hoje abriga um pequeno museu.

Em 2006, a Prefeitura anuncia que ela abrigará uma central de informações turísticas, um centro de artesanato e pedirá à Serra Verde e a ALL que ela volte a ser um ponto de parada do trem turístico Curitiba-Paranaguá.

Em 2008, o prédio da estação é uma pizzaria. (Fontes: Ricardo Koracsony, 05/2006; Ao Apito do Trem, Edilberto Trevisan, 1986, cedido por Dirceu Cavalcanti, 10/2002; Serra Verde Express, 10/2004; Paulo Radtke, 2008)

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No pátio da antiga estação de Piraquara, provavelmente nos anos 1920, as toras aguardam o embarque espalhadas ao longo dos trilhos (Foto: acervo Flavio Cavalcanti).

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[foto de 6/2006 após restauração - por Nilson Rodrigues]

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